Thursday, August 24, 2006

Eu acredito

No sábado assisti A Casa do Lago. Gostei muito, ainda que o filme não seja nenhuma superprodução e tenha seus muitos clichês. A história fala de encontros, desencontros, solidão, tempo. Solidão aguda que faz você repensar o que vale a pena em sua vida. Solidão de estar acompanhada e se sentir ainda mais "sozinha". As tentativas de encaixar quem definitivamente não cabe para "dar certo". E o tempo, esse amigo-vilão que nos prega peças, mas que se revela muito sábio no final.

Eu chorei várias vezes durante o filme. Nem sei ao certo dizer o motivo. Circunstâncias foram passando pelos meus olhos e mexendo com algo aqui dentro.

Já fui solitária de plantão e hoje acho que ainda tenho meu lado sozinha. É uma faceta preservada, intocada, que, volto a frisar, nada tem a ver com o fato de estar acompanhada ou não do meu amor, amigos e família. Nada tem a ver com tristeza.


A dose de sensibilidade extra no filme talvez também tenha acontecido por eu ser uma romântica incurável e por ser esse um momento tão especial para mim.

Eu sou e sempre serei romântica, dessas que ACREDITA não no amor romântico, no idealizado, no do vizinho que é lindo, maravilhoso etc. e tal, mas naquele que cada um tem dentro de si, independentemente da idade, raça ou religião. Acredito em amor que engrandece, não naquele que inferioza, emburrece ou aborrece.

Você procura e não acha? Abra os olhos, baixe a guarda, aguce a sensibilidade. Talvez esse seja um bom começo.

PS.: Eu torço por você!

Friday, August 18, 2006

A linha

Ainda estou viva... tenho projetos. Ainda que engavetados, eles existem. No entanto, sei que estão mais do que na hora de mostrarem ao que vieram.

A questão é que sou meio fogo de palha para algumas coisas. Isso tem se intensificado nos últimos tempos, quer dizer, eu tenho percebido isso com mais clareza. Não, eu não me considero o tipo de mulher que começa hoje para largar ali na frente. Mas tem uma questão de empolgação que tem de ser dissociada do que pode me proporcionar um prazer verdadeiro. E, se for por prazer, a preguiça há de ser superada, assim como outros obstáculos ou dificuldades.

Eu já comentei do meu romance inacabado. E do artesanato. O romance está parado no meio do caminho, mas eu tenho certeza que vou terminá-lo (um dia). Talvez eu mude um pouco o foco. Talvez eu volte a escrever contos, talvez a minha maturidade literária ainda não esteja no ponto exato para aquele romance. Pode ser isso ou aquilo. Mas eu prefiro ir até o computador e escrever loucamente da forma que tiver de ser. E eu sei que vou fazer isso daqui a pouco. Somente não sei precisar o quanto é esse tempo.

Eu amo artesanato , mas talvez eu ame mais comprar materiais e admirar as peças prontas do que efetivamente fazê-las. No Natal, eu pintei e decorei uma caixa de chá linda para a minha mãe. E todas as vezes que vou à casa dela, fico admirando aquela caixinha. E fico orgulhosa de mim. Mas quando eu penso no trabalho que eu tive, no stress que rolou na transição entre a caixinha in natura e a pronta, acho que não vale a pena. Confesso isso com muito pesar porque eu não gostaria de deixar de fazê-la, mas não sinto vontade de passar por esse processo de novo. Eu começo a ficar cansada, me encher e a praguejar (isso lá tem a ver com prazer???). Amo quando fica pronto, mas realmente não acredito que compense dessa forma. Eu sei, eu sei que sou uma dessas pessoas perfeccionistas... mas acho que pensando bem, sou mais prática e essa história de artesanato que leva tanto tempo para ficar pronto me dá nos nervos. Pronto. É isso.

Se bem que outro dia conversei com uma professora e talvez parte da minha irritação aconteça porque eu não conheça a técnica exata e então "dou a maior volta para chegar ali do lado", vamos ver.

Agora tenho muitas outras coisas na minha cabeça, idéias estão sempre em ebulição aqui dentro.

PS.: Talvez o passo maior seja conseguir sair da teoria e ir à prática. Ultrapassar essa linha...

Wednesday, August 16, 2006

O ponto

De onde será que vem... isso... essa sensação.
Será que foi a mudança para tão mais longe? Ter de acordar 5h30 e voltar tarde e nem conseguir aproveitar a minha casa nova? E chegar tão cansada que os olhos não permanecem abertos nem para ver TV?

E resolver tantas coisas em todos os finais de semana que nem tenho mais finais de semana?

E a dieta, ter de fazer dieta para (voltar a) entrar nas minhas roupas. Me sentir mais leve. E ter de malhar porque depois dos 30 o corpo reage de um jeito cada vez mais lento. E como é que eu vou perder peso (ainda que pouco) sem malhar?

Estou pensativa, olho de fora, aqui dentro de mim.
Não sou uma mulher triste, não tenho uma vida triste. Eu tenho sentimentos, pessoas, amor. Só estou pensando, refletindo. Um pouco cansada de tudo. Meio brava por não administrar tão bem o que trago aqui dentro, apesar de todo o meu esforço. Acho que esse é o ponto.


PS.: Sei que não posso, mas prometo que o próximo post será mais light.

Friday, August 11, 2006

Sobre TPM etc.

Virei turista aqui no blog. Não tenho a menor regularidade.
Tenho muito pra contar, mas às vezes me faltam as palavras, acreditem.
Queria escrever da minha TPM, irritabilidade e cansaço.
De minhas diferenças com as pessoas que eu amo.
Da culpa que sinto por várias coisas, da raiva que eu também sinto por outras.
Do que não aceito e do que eu aceito bem, ainda que insatisfeita.
Do quanto detesto o trânsito de SP e de morar tão longe do trabalho.
Que comecei a fazer uma pseudo-dieta e que dietas me deixam meio triste.
Que eu fiquei muito triste ontem.
Que eu não devo nada para ninguém.

PS.: Bom final de semana! A tarde está linda e o sábado promete. Beijo especial para todos os papais também!

Wednesday, August 02, 2006

Sim, sim, sim

Pela lente do amor
Uma grande angular
Vejo ao lado, acima e atrás
Pela lente do amor
Sou capaz de enxergar
Toda moça em todo rapaz

Pela lente do amor
Vejo tudo crescer
Vejo a vida mil vezes melhor
Pela lente do amor
Até vejo você
Numa estrela da Ursa Maior

Abrir o ângulo, fechar o foco sobre a vida
Transcender, pela lente do amor
Sair do cético, encontrar um beco sem saída
Transcender, pela lente do amor
Do amor

Pela lente do amor
Pela lente do amor

Pela lente do amor
Sou capaz de entender
Os detalhes da alma de alguém
Pela lente do amor
Vejo a flor me dizer
Que ainda posso enxergar mais além

Pela lente do amor
Vejo a cor do prazer
Vejo a dor com a cara que tem
Pela lente do amor
Vejo o barco correr
Pelas águas do mal e do bem

Mostrar ao médico, encarar, curar sua ferida
Transcender, pela lente do amor
Cantar o mântrico, pagar o cármico na lida
Transcender, pela lente do amor
Do amor

Pela lente do amor
Pela lente do amor

(música e letra Gilberto Gil - 1980)

PS.: e porque eu realmente acredito no amor daqui a exatamente um mês Alê e eu vamos dizer sim, em uma cerimônia civil. Será uma celebração (simples) do nosso amor (grandioso) ao lado das pessoas de nossas vidas.