Você usa filtros coloridos?

Nesta semana faço 33 anos. E hoje me olhando no espelho acho que vi realmente que tenho essa idade, ainda que a minha aparência não diga exatamente isso.
Pela primeira vez em toda a minha existência (uau, que filosófico!), eu estou conseguindo enxergar sem tantos filtros. Tenho essa dificuldade de ver (vivenciar) parte da realidade (e aí coloco os filtros de cores variadas)... às vezes acho que num passe de mágica as coisas se resolverão. Da forma que eu quero. E eu fico quebrando a cabeça para isso acontecer. É um desgaste imeeeeeenso!
Por ter batalhado a minha vida inteira, eu sempre achei que ia ganhar uma espécie de recompensa no final. Mas que final? Pois é, esse é um pensamento simplista e irreal. A vida é bem mais complexa, o que não significa que seja ruim.
Eu sempre me orgulhei desse meu jeito independente de ser porque enquanto eu via as coisas boas acontecendo de bandeja para muitas pessoas, eu tinha que suar a camisa para conseguir 10% de qualquer coisa. Achava que ter tudo na mão era muito cômodo, hoje confesso que bem que gostaria que isso tivesse acontecido comigo, pelo menos parcialmente, porque eu teria sofrido menos. Ok, estou sendo melodramática, não é para ter pena de mim. É que sempre tive de batalhar muito por tudo ou talvez tenha escolhido os caminhos mais complicados.
Algumas decisões foram tomadas, sem passes de mágica. Estou feliz com muitas coisas, mas aborrecida com outras. No entanto, a coragem está dentro de mim e o pensamento positivo também.

PS.: Com certeza, o modo de encarar o mundo faz toda a diferença.

O que diz o coração?

(Calma, não é um título de uma música brega não... é somente o tema desse singelo post!)

Eu acredito que sempre que a gente tem de tomar uma decisão, ser racional é importante, mas também ouvir o coração é essencial porque, incluive, pode ser até mais determinante para ir "ali ou acolá". Claro que no final das contas o ideal é mesclar as duas coisas.
Para mim, ouvir o coração é entender o eco dos nossos reais sentimentos. Ok, nem sempre a gente pode fazer o que realmente deseja, mas de qualquer maneira é sensato (tentar) ter consciência de tudo o que está se passando conosco.
Difícil é quando você não sabe direito o que seu coração está dizendo. Ele diz tanta coisa ao mesmo tempo.
Minha certeza é que temos de fazer escolhas. Algumas, ainda que mais difíceis, não são definitivas, apenas temporárias/transitórias. Talvez seja isso.
Eu continuo com o estetoscópio, tentando...

PS.: Desejo um final de semana dez para cada um de vocês. Abarrotado de carinho, aventura, doçura etc. e tal, a gosto do leitor!

Inteira

17/03

Estou com um pé aqui e outro lá na rua, fora do escritório.
Daqui a pouco, bem pouquinho, o final de tarde me espera e vou aproveitar. Vou sim.
Não contei aqui porque não deu tempo, mas meus neurônios ficaram muito mal humorados nesta semana. Na quarta-feira tive o meu pico de conexões negativas, até crise de choro no final do dia aconteceu.
É que acumulamos coisinhas e outras nem tão pequenas assim.
Eu fui assaltada na semana passada (mas não sofri nenhuma violência), eu me senti muito cansada, tive dores de cabeça de arrepiar, perdi meu aparelho móvel (esqueci a caixinha em casa, embrulhei-o em um guardanapo e jogaram fora...) - o que significa gastos adicionais -, a máquina de lavar está com problemas...

20/03

Eu comecei a escrever esse post na sexta-feira, mas não tive tempo de terminá-lo. Como sempre, o meu final de semana foi corrido. O computador não tem, definitivamente, espaço na minha vida aos sábados e domingos.

Eu estou bem melhor agora. Todas essas coisas comentadas no texto acima acontecem e são superadas. Acho que seis meses atrás eu não estaria tão tranquila em relação a tudo isso. Deixaria que essas coisas me atingissem mais.

Ontem foi um dia que rendeu muito. Acordamos cedo, fomos nadar, eu limpei a casa, depois saímos para comer pastel (hummm, que delícia!), na volta eu fiz um cochilo merecido e depois fui guardar umas compras, limpei uns armários (era necessário), depois ainda cuidei um pouco da beleza e comecei a ler o último volume do Harry Potter, que eu adoro, passando-o na frente de todos os outros livros que estão na minha lista. Mas no final do domingo eu estava cansada, os olhos fechando, as letras embaralhando. Era hora de embarcar para o mundo dos sonhos. O sábado foi uma loucura, não parei um minuto. O que me deixou um pouco esgotada, mas não fiquei pensando muito nisso.

Alê e eu conversamos de coisas importantes ao longo do domingo e eu confesso que, apesar de ter dormido bastante, não parei de pensar um minuto em uma série de questões.
Ainda estou pensando...

A vida é assim mesmo...

Acho que tenho dificuldades em aceitar algumas (várias) coisas.

Mas a vida é assim mesmo.

PS: Continuo inteira.

Organização

Já contei para vocês que eu sou "ligeiramente" bagunceira. E isso me atrapalha, me faz ficar atrasada, muitas vezes também irritada, e ainda me propor a fazer algumas coisas que acabo não tendo tempo de cumprir.
Eu posso estar exagerando, mas a questão é que eu fico "danada" quando perco meu precioso tempo aos finais de semana em arrumações que poderiam ser evitadas.
Eu sempre achei que quando o quesito era trabalho, eu virava "a organizada". E, de fato, eu tenho boa memória, crio pastas e arquivos, coloco recados para as coisas mais importantes e cumpro os prazos, mas, sem dúvida, tem horas que a minha mesa fica uma bagunça, que eu me perco com papeizinhos mil e acho que o ambiente não fica nem um pouco bom para o meu ambiente de trabalho e desenvolvimento profissional.
Com essas questões na cabeça, eu descobri o livro Organize-se e fiquei na maior vontade de ler. Não que eu ache que livros de auto-ajuda ou técnicos façam milagres, mas que podem mexer em alguma coisa e, então, iniciar alguma mudança, isso sim eu acredito que possam. Desde que a gente queira, lógico.
Então, aproveitei a ida à Bienal do Livro e finalmente comprei o livro. Nas primeiras páginas já senti uma identificação muito forte:

"A vida é curta. O que isso tem a ver com organização? Tudo. Acredito que o ponto-chave da organização é ganhar mais tempo, espaço e energia para dedicar às pessoas e coisas que realmente importam."

"Um dos aspectos mais gratificantes desse processo de organização é a descoberta do que se revela realmente importante e útil na vida. "

"Você é perfeccionista? Você talvez pense que a casa de um perfeccionista está sempre na mais completa ordem, mas na maior parte das vezes isso não é verdade. Isso acontece porque os perfeccionistas querem tudo absolutamente certo - do contrário não fazem nada."

PS.: Eu conto detalhes desse processo.

Pequeninas

Metas pequeninas. É isso que quero para mim. Ainda que eu tenha uma fome de um milhão de coisas, acho que nada me deixará mais feliz do que realizar as coisas a que me proponho. Então, para começo de conversa, nada melhor do que a simplicidade.
Nadar duas vezes por semana no Sesc, ler pelo menos um livro por mês, economizar um dinheirinho (ainda que o valor seja simbólico), conversar mais com os amigos, desligar um “pouquinho” das coisas de casa, sempre que pagar uma conta, arquivá-la e, vá lá conseguir escrever nesse blog querido pelo menos três vezes por semana.
Em relação à essa última questão, devo confessar que eu sou muito autocrítica e, em muitas ocasiões, eu boicoto o post antes mesmo de ele tomar sua forma. E sabotagens como essas não estão com nada, certo? Em muitos momentos (lavando louça, por exemplo) eu tenho uma idéia sobre o que gostaria de escrever, seja sobre um episódio específico ou apenas para expressar sentimento. Mas na hora H, eu não me lembro como era o jeito exato que queria escrever ou o texto sai ruim, na minha concepção.
Eu acho que isso não deixa de ser um jeito de bloquear a minha própria criação, afinal de contas que espaço é mais meu do que o meu próprio blog?
Acho que tenho mais uma meta: tentar censurar menos os meus textos, como uma forma de minha própria criatividade fluir.

PS.: um final de semana com alegrias, ainda que pequeninas ou cotidianas!

O meu momento

Quem nunca teve vontade de sair pelo mundão afora? Eu tive e ainda tenho essa coisa de ganhar a estrada dentro de mim. Viver em outro país, outras experiências, estudar, conhecer lá, ali e acolá.
Mas acho que passou a hora.
Pelo menos para mim.
Pelo menos neste momento.
Acho sim que tudo é válido e, se o desejo for genuíno, nunca será tarde demais, mas para mim hoje é inevitável não pensar no futuro.
Não tenho 18 anos e já passei dos 28 também. Todos os meus atos geram conseqüências. O que mais quero é ter o meu canto. Eu preciso disso. Eu sou morada, estrutura. Essa é minha prioridade zero. Não posso abandonar emprego, quebrar o cofrinho e ir. Ponto. Tenho a minha vida ao lado do Alê, da qual não abro mão de jeito nenhum porque esse homem me faz feliz demais. Agora estou no momento família total.
Eu já morei no Japão e foi uma experiência boa por um lado e nem tão boa por outro.
Quem sabe um dia, em uma outra circunstância.

PS.: eu preciso atualizar esse blog com mais frequência, mas cadê tempo?!

Mania, eu?

Eu tenho um monte de manias. Ainda que muitas passem despercebidas de tão automáticas, eu sei que elas existem. Então, como a Sílvia me convidou, eu aceitei o desafio de pensar a respeito e, mais importante ainda, confessar o inconfessável...:-)
Vamos lá.
Eu tenho MANIA de:
1) Beber água antes de dormir e quando acordo
2) Cremes (para os pés, para o corpo, para o rosto, para a região dos olhos...)
3) Ouvir CBN todas as manhãs (é uma extensão do despertador)
4) Ouvir música toda hora possível (vejo pouca TV)
5) Trocar de brinco todos os dias (é questão de estado de espírito)
6) Tomar café expresso (A-DO-RO)
7) Ler, ler, ler
8) Andar de relógio (não vivo sem!)
9) Comprar docinhos (não posso passar em loja ou doceria que fico desesperada!) e (nada saudável) comê-los antes de dormir!
10) Juntar papeizinhos (como eu consigo?!)
11) Olhar vitrine de lojas de sapato (dizem que meus olhinhos chegam a brilhar)

Acho que é isso. A lista poderia ser maior, mas já está de bom tamanho.
Agora convido a Andrea, a Renata e a Stella para fazerem suas listinhas também.

PS.: Terminei de ler Noites Tropicais. Adorei, adorei demais, a tal ponto que quando chegou na última frase, gostaria que tivesse volume 2. Agora vou voltar para o Saramago.